quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Redes sociais deixam de ser lazer para se tornarem trabalho


Você passa o dia inteiro twittando de bobeira ou cuidando da sua Farm Ville? Pois saiba que tem gente ganhando dinheiro com Twitter, Facebook, Orkut, YouTube etc. Muitas empresas estão criando cargos específicos para profissionais antenados administrarem suas redes sociais e das de seus clientes.
Luiza Brasil, de 21 anos, trabalhava num site de moda de rua e foi contratada há cinco meses pela Leeloo, quando a marca criou a vaga de estágio em redes sociais. A estudante de Jornalismo é responsável por abastecer o Twitter, o Facebook e o YouTube da grife, além de ter ajudado a criar o blog da coleção outono-inverno.

Fiz um canal no YouTube para divulgar a campanha de lançamento. Tenho contato direto com as clientes pela internet. Crio promoções, divulgo o que está chegando às lojas, dou dicas de sites e blogs de música, e elas opinam sobre as coleções - conta Luiza.
A forma como Raquel Arellano conseguiu seu estágio na área foi curiosa. Uma das autoras do blog "Mão feita", sobre esmaltes, ela foi contratada pela Frog para gerar conteúdo para as redes sociais da Fingers, junto com Natasha Cassar, outra estagiária.

Também já twittava muito e, como eu tinha contato com empresas e consumidores, fiz muitos relacionamentos com pessoas do mercado. A Frog fez uma pesquisa, e descobrimos que as adolescentes usam muito mais Flickr, enquanto as manicures preferem o Orkut - explica Raquel, de 26 anos.
Junto com Natasha, de 24, ela também cuida das redes sociais da Ediouro, que incluem as manjadas e outras mais específicas, como Library Thing e Skoob, divulgando livros e bolando promoções para os internautas.
Também fazemos um mapeamento de blogueiros influentes e mandamos livros de cortesia, pois sabemos que vão gerar comentários na web - conta Natasha.
A Frog tem ainda uma terceira estagiária no setor: Renata Costa, de 22 anos, é responsável por monitoramento e métricas. É ela quem pesquisa os públicos-alvos das ações de Natasha e Raquel.
Faço um mapeamento, fuxicando perfis e blogs, para elas criarem as campanhas - explica Renata.
Para a professora Ana Lucia Silva Enne, vice-coordenadora da graduação em Estudo de Mídia, da UFF, a tendência é que a procura por esses profissionais aumente.

É um mercado promissor, que tem um grande nicho a ser preenchido e vai se desdobrar com capacidade de empregabilidade não apenas em empresas, mas em ONGs e assessorias de políticos - aponta Ana Lucia.
Fonte: Globo.com

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